Minha garganta estranha,
quando eu naum te vejo,
me vem um desejo doido,
de gritar
Minha garganta arranha,
tintas e os azulejos,
do teu quato, da cozinha,
e da sala de estar
Venho madrugada,
pertubar teu sono,
como um cão sem dono,
me ponho a ladrar
Atravesso o travesseiro,
te reviro pelo avesso,
tua cabeça eu enloqueço,
faço ela rodar
Sei que naum sou santa,
ás vezes eu vou na cara dura,
ás vezes ajo com candura,
pra te conquistar
Mas naum sou beata,
me criei na rua,
E naum mudo minha postura,
so pra te agradar
Vim parar nessa cidade,
por força da circunstãncia,
sou assim desde criança,
me criei assim meio sem lar
Aprendi a me virar sozinha,
e se eu to te dando linha,
eh pra depois te... Ah!!!
Aprendi a me virar sozinha
e se eu to te dando linha,
eh pra depois te ABANDONAR...
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